Ontem fui assistir a um show beneficente em benefício do projeto “Loucos por música“, que luta pela inserção de usuários de saúde mental (termo feio, mas politicamente correto) por meio da música e do teatro.

O show de abertura foi com uma banda formada por médicos e internos de uma instituição. Pensam que era ruim? Coisíssima nenhuma! Letras inspiradas (algumas bem divertidas, inclusive), boa voz, bons músicos. Um luxo! Sem contar a energia boa que emanava deles.

Nos intervalos, foram exibidos pequenos vídeos contando a história de alguns internos, alguns dizendo que não precisavam se internar há mais de três anos por conta da musicoterapia. Emocionante ver aquelas pessoas se sentindo bem por causa da música…

Depois vieram os shows de Max Viana (filho do Djavan), o próprio Djavan, e Daniela Mercury.

Comentários sobre a noite:

– O filho do Djavan é muito chato. Ainda precisa comer muito feijão para ficar com uma voz legal e adquirir presença de palco (amigos músicos: isso se adquire?).

– Gostei do show do Djavan, mas não foi nada empolgante nem memorável.

– Daniela Mercury é uma bomba energética!!! A mulher consegue pular e cantar ao mesmo tempo sem ofegar NENHUMA VEZ. Quando crescer, quero ser igual a ela. (Doce ilusão! hahaha) Sem contar que foi a única dos três que conseguiu levantar o Canecão.

– Na mesa ao lado, Eric Clapton. Gente, o cara era IGUAL ao Eric Clapton… Impressionante. E mais: entramos no táxi para voltar e o que está tocando? Isso mesmo: Eric Clapton. Morremos de rir!

– Na mesa do outro lado, uma mulher sozinha se senta e me pergunta se aquela área era de não-fumantes. Minha resposta (radiante): “O Canecão INTEIRO é área de não-fumantes”. A mulher ficou danada. Passa um tempo, a pessoa se levanta, diz ao moço da outra mesa que vai ao banheiro e pede para ele olhar a bolsa dela (!!!). Daqui a pouco o moço se vira para mim: “Oi, aquela moça que estava sentada aqui era amiga de vocês?” “Não.” “Ah, tá, é porque faz um tempo que ela levantou e me pediu para olhar a bolsa.” “Ah, vai ver que é uma bomba que ela deixou aqui do nosso lado e vai explodir daqui a pouco.” Depois me arrependi de ter dito isso. Coitado do homem… Passou o resto do tempo que ela levou para voltar (ainda demorou um bocado) vigiando a bendita bolsa!

– Na entrada, encontrei o querido Wendell Bendelack, super hiper mega blaster ator (O Surto – galera de Sampa: NÃO PERCAM ESSA PEÇA!!! -, Casal Consumo e tantas outras peças maravilhosas).

– Durante o show, um artista plástico (Eduardo Ventura) pintou uma tela ali, ao vivo. Ficou uma coisa linda!!!! As telas pintadas durante o show serão expostas e leiloadas no início de agosto na Casa de Cultura Julieta de Serpa.

– O show foi apresentado pela Cissa Guimarães e pelo Cláudio Heinrich.

– A Cissa é ótima, só falou uma bobagem (que eu acredito que estivesse no “script” que estava lendo): chamou os internos de “seres excluídos”. Por que não “PESSOAS excluídas”?

– O Cláudio Heinrich Li Num Livro é triste, meu Deus! Nem lendo ele consegue ser bom. Disse que as telas seriam “arremEtadas” no leilão. Ai ai ai…

– Ana Carolina e Jorge Vercilo estavam na platéia e foram SUPER assediados por fãs, coitados… Juro que fiquei com pena. As pessoas tiravam fotos, pediam autógrafo, puxavam conversa… E os dois sorriam… Acabaram tendo de mudar de mesa.