Hold on

Posted by on 30 May 2008 | Tagged as: amigos

Quando chega a hora de chorar e sofrer por coisas que infelizmente não estão sob nosso controle, nada melhor que o apoio dos amigos, ainda que distantes. É como se eu sentisse o carinho de cada um de vocês que telefonou e/ou enviou uma mensagem entre ontem e hoje.

Peço desculpas por não ter falado diretamente com vocês, mas eu realmente não estou conseguindo conversar (ainda). Já estou melhor, mas não quero falar muito no assunto, estou “fechada para balanço”. Sei que vou sair dessa mais forte que antes, que a gente só leva as porradas que consegue agüentar e tal, mas dói pacas…

Dói me sentir impotente diante de certas injustiças. Dói não poder voltar no tempo e desfazer certas coisas. Dói enfrentar esse mundo maluco. Dói não saber como será o amanhã.

Ao mesmo tempo, é TÃO bom sentir o carinho dos amigos. TÃO BOM! Hoje mesmo recebi uma música de uma amiga muito querida. Ela também não está em seus melhores dias, mas teve o cuidado e a delicadeza de me enviar uma música do R.E.M. chamada “Everybodt hurts”. Resumidamente, diz que todo mundo sente dor, todo mundo chora, todo mundo sofre, mas que devemos segurar as pontas e saber que não estamos sozinhos, mesmo nos piores momentos.

Enquanto a música toca à exaustão nas minhas caixas de som, repetindo “hold on, hold on”, escrevo este post para agradecer pelo carinho dos amigos, especialmente à M, pela música. Lágrimas correm pelo meu rosto, mas não são lágrimas de tristeza, e sim de alguém que se sente apoiada e abraçada pelos amigos. Obrigada, queridos. Vocês não têm idéia de como são importantes!

“Everybody hurts”

(Berry/Buck/Mills/Stipe)

When the day is long and the night, the night is yours alone,
When you’re sure you’ve had enough of this life, well hang on
Don’t let yourself go, ’cause everybody cries and everybody hurts sometimes

Sometimes everything is wrong. Now it’s time to sing along
When your day is night alone, (hold on, hold on)
If you feel like letting go, (hold on)
When you think you’ve had too much of this life, well hang on

‘Cause everybody hurts. Take comfort in your friends
Everybody hurts. Don’t throw your hand. Oh, no. Don’t throw your hand
If you feel like you’re alone, no, no, no, you are not alone

If you’re on your own in this life, the days and nights are long,
When you think you’ve had too much of this life to hang on

Well, everybody hurts sometimes,
Everybody cries. And everybody hurts sometimes
And everybody hurts sometimes. So, hold on, hold on
Hold on, hold on, hold on, hold on, hold on, hold on
Everybody hurts. You are not alone

Pequenos sonhos de consumo

Posted by on 20 May 2008 | Tagged as: sonhos

No momento, existem dois objetos que eu gostaria de poder comprar para fazer artesanato em tecido (bolsas e almofadas) e bem-casados. Papai Noel, cadê você????

1. Máquina de costura (pode ser de qualquer marca – a da foto/link é a mais barata do Submarino)

2. Batedeira Planetária Arno (as batedeiras comuns levam o dobro de tempo para bater a massa dos bem-casados, sem contar que a minha já está cansada, coitada…)

Eu quero…

Posted by on 25 Apr 2008 | Tagged as: sonhos

Eu quero uma casa no campo…, upload feito originalmente por Ric e Ette.

Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
E um filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros
E nada mais

Nada

Posted by on 18 Apr 2008 | Tagged as: poesia

Quis ser eu mas não é

Quis não ser mas é

E assim, sem querer,

Acabou

Não sendo

Nada.

Aniversário de casamento

Posted by on 15 Apr 2008 | Tagged as: família, vida

No dia 14 de abril de 1990, às 16 horas, eu entrava na Igreja Presbiteriana de Copacabana para me casar. Deu tudo errado: meu pai atrasou mais que eu, entrei com a música errada, que era pra ter sido a música do Roney entrar, o pastor falou coisas absurdas e a gente quase morreu de calor durante a cerimônia.

Apesar disso e de várias idas e vindas, nosso casamento deu muito certo. Somos muito felizes e temos uma amizade e um companheirismo que eu não trocaria por nada.

Ontem, ganhei de presente dois ímãs (um dizia SORTE e o outro dizia VIVA MAIS), uma cartela de adesivos do Pequeno Príncipe (uma das minhas histórias favoritas, apesar de eu não ser miss) e um copo com várias coisinhas escritas (sonhe grande; dance na chuva; durma com os anjos; viaje para a lua; pinte o sete; declare seu amor; medite; pule carnaval; escreva uma carta de amor; contemple o pôr-do-sol; vá à praia).

Fiquei toda feliz. Obrigada, meu amor!

Dengue

Posted by on 13 Apr 2008 | Tagged as: família, saúde

Ontem foi dia de maratona no hospital. Minha mãe acordou com dor na vesícula e achou que estava com icterícia de novo. Lá fomos nós para o Hospital São Lucas (particular). Depois de alguns exames, acabou voltando para casa com a intenção de marcar logo o cirurgião e operar.

Vocês não têm idéia de como o hospital estava lotado. A sala de espera da emergência não tinha cadeiras vagas quando chegamos. Depois de entrar, uma quantidade enorme de pessoas tomando soro sentadas em cadeiras desconfortáveis e cochilando sentadas. Pessoas com fisionomias fortes, de quem não se dobra com facilidade, dormindo sentadas, tremendo de frio. Caramba!

Tenho visto as reportagens sobre dengue na televisão, mas ver de perto as pessoas derrubadas pela doença é muito chocante. A gente não tem a dimensão verdadeira da situação até ter contato direto com as pessoas. Tinha muita gente com dengue lá ontem.

Teve uma hora que eu quase desmaiei. Um rapaz com dengue estava muito nervoso e o enfermeiro não conseguia encontrar a veia dele. Fechei os olhos para não ver, mas infelizmente abri na hora errada, quando ele estava conseguindo furar o braço do pobre coitado, que já havia sido furado várias vezes na última semana. Tudo ficou preto na minha frente. Sentei e fiquei quietinha para não cair dura.

No final, acabamos conversando com pessoas simpáticas e solidárias. Apesar do cansaço e do choque com a dengue, foi um dia interessante.

Mãe no hospital…

Posted by on 01 Apr 2008 | Tagged as: família, saúde

Minha mãe foi para SP com o objetivo de fazer uma cirurgia para extrair útero, ovários e vesícula. O ovário tem um cisto de 8cm X 6cm e a vesícula está repleta de pedras. Estava fazendo os exames pré-operatórios, mas hoje teve de ser internada de emergência porque a vesícula inflamou e ela está com icterícia.

Resultado: amanhã fará uma endoscopia para ver se a pedra na vesícula desobstrui o canal e melhora o quadro geral. Se isso não acontecer, ela vai retirar a vesícula e, depois, em uma segunda cirurgia, retirar o útero e o ovário.

O pior é que veio tudo de uma vez só, sem dó nem piedade. Agora à noite, parei um pouco para esfriar a cabeça vendo um filminho: Melhor é impossível. Minha identificação foi imediata com o momento do filme em que o vizinho do Melvin (Jack Nicholson) acabou de voltar do hospital todo arrebentado e diz: “É tanta coisa ao mesmo tempo que dói demais. A ponto de eu não ter vontade de reclamar.” (ou algo parecido)

É assim que estou me sentindo: com tantos problemas para resolver e com tantas preocupações que não tenho vontade de falar, de reclamar, de me abrir com alguém, de pedir ajuda. Minha analista sempre dizia que eu precisava aprender a pedir ajuda, a ser frágil. Mas a capa que construí à minha volta é tão resistente e tão à prova de tudo que tenho muito medo de deixá-la cair.

Ao mesmo tempo, me sinto muito frágil por dentro. Como se fosse desmoronar a qualquer momento. Espero estar errada…

A época dos sustos

Posted by on 13 Mar 2008 | Tagged as: animais, vida

Além dos sustos que levo quase todo dia com os fogos que os engraçadinhos-filhinhos-de-papai soltam em direção aos prédios de vez em quando aqui na rua, de ontem para hoje acho que minha pressão deve ter ido ao topo do Everest.

Ontem à noite, estou muito bem em casa, vendo televisão quietinha. Ouço barulhos do lado de fora da porta da sala. E vejo uma labareda. Barulho de maçarico. Cheiro de desodorante. Gargalhadas. Os engraçadinhos-filhos-dos-vizinhos estavam brincando de fazer maçarico com desodorante onde? Na minha porta, claro!

De repente, eles saíram correndo (devem ter ouvido minha movimentação na sala) e desceram de elevador. Subi que nem uma flecha, interfonei para o porteiro e mandei ele segurar quem estivesse saindo do elevador naquela hora e avisar para não fazer mais isso.

Sentei de novo para ver televisão, mas meu coração estava disparado (e a pressão também devia estar). Decidi trocar de roupa e descer (o Roney estava na reunião de condomínio, então não atendia o celular). Chegando lá embaixo, o retardado do vigia estava com cara de dããã. Perguntei se ele falou com os moleques. “Não, não desceu ninguém não… Só o Fulano com um amigo.”

Interrompi a reunião de condomínio com cara de louca, descabelada, e comecei a contar o ocorrido. A mãe do dito cujo estava lá e disse que depois ia mandá-los falar comigo. (Não sei de que adiantaria isso, mas…)

Subi e não consegui me controlar mais. Decidi ir na casa dos infelizes para mostrar o cheiro de desodorante que estava no corredor. Roney me impediu e foi no meu lugar. Parece brincadeira, mas o padrasto disse ao Roney: “Ora, eu também me assustei com seu cachorro.” Eu adoro as respostas do meu amor: “Pois é… E eu disciplinei o cachorro. Assim como os cachorros, as crianças também precisam ser disciplinadas, sabe?”  🙂

Enfim, depois de um tempo, me acalmei um pouco e fui deitar. Levei mais de uma hora para conseguir dormir.

—–

O outro susto foi hoje de manhã. Estamos tomando café e conversando na copa. Roney sentado no chão, minha mãe sentada de um lado da mesa e eu do outro. O Toby deitado no chão, brincando com o Roney.

Do nada, minha mãe esbarra no banquinho que estava perto da mesa e ele cai com força em cima do Toby. O bicho ficou louco! Partiu para cima do banquinho querendo matar, rosnando e latindo. Afastei a Lady e olhei para o Toby. Atrás dele, a parede era sangue puro! Comecei a gritar para o Roney: “Ele está machucado!!!!!”

Roney pegou os 30 quilos de bicho no colo, carregou para a sala, limpou e viu que era um corte pequeno na pontinha do rabo do cão. Menos mal, nada sério. Ele gritou tanto que achamos que podia ter quebrado o rabo.

As paredes do corredor ficaram salpicadas até a altura do nosso ombro com o sangue do pobrezinho. Aí foi um mutirão de limpeza antes que o sangue secasse e nunca mais saísse.

De qualquer maneira, se aparecer um C.S.I. por aqui (bem que podia ser o Grissom) com aquela luz negra que detecta sangue, vai achar que houve uma chacina aqui em casa. Eu, hein!

Afastamento temporário

Posted by on 26 Feb 2008 | Tagged as: saúde, vida

Consegui ir ontem ao médico e ele me disse que estou com um pinçamento de nervo na cervical. Mandou que eu ficasse de repouso e fazendo fisioterapia por duas semanas. Ri na cara dele, né? Mas acabei prometendo ficar uma semana quieta.   🙁

Sendo assim, me desejem melhoras e não chorem, pois eu voltarei rapidinho.   🙂

Dor de cabeça

Posted by on 25 Feb 2008 | Tagged as: vida

Depois de quase dez dias com dor de cabeça constante, amanhã finalmente vou ao neurologista. Espero que ele consiga uma solução para essa praga na minha vida…

Credo!

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