Loucos por música

Posted by on 31 May 2006 | Tagged as: amigos, música

Ontem fui assistir a um show beneficente em benefício do projeto “Loucos por música“, que luta pela inserção de usuários de saúde mental (termo feio, mas politicamente correto) por meio da música e do teatro.

O show de abertura foi com uma banda formada por médicos e internos de uma instituição. Pensam que era ruim? Coisíssima nenhuma! Letras inspiradas (algumas bem divertidas, inclusive), boa voz, bons músicos. Um luxo! Sem contar a energia boa que emanava deles.

Nos intervalos, foram exibidos pequenos vídeos contando a história de alguns internos, alguns dizendo que não precisavam se internar há mais de três anos por conta da musicoterapia. Emocionante ver aquelas pessoas se sentindo bem por causa da música…

Depois vieram os shows de Max Viana (filho do Djavan), o próprio Djavan, e Daniela Mercury.

Comentários sobre a noite:

– O filho do Djavan é muito chato. Ainda precisa comer muito feijão para ficar com uma voz legal e adquirir presença de palco (amigos músicos: isso se adquire?).

– Gostei do show do Djavan, mas não foi nada empolgante nem memorável.

– Daniela Mercury é uma bomba energética!!! A mulher consegue pular e cantar ao mesmo tempo sem ofegar NENHUMA VEZ. Quando crescer, quero ser igual a ela. (Doce ilusão! hahaha) Sem contar que foi a única dos três que conseguiu levantar o Canecão.

– Na mesa ao lado, Eric Clapton. Gente, o cara era IGUAL ao Eric Clapton… Impressionante. E mais: entramos no táxi para voltar e o que está tocando? Isso mesmo: Eric Clapton. Morremos de rir!

– Na mesa do outro lado, uma mulher sozinha se senta e me pergunta se aquela área era de não-fumantes. Minha resposta (radiante): “O Canecão INTEIRO é área de não-fumantes”. A mulher ficou danada. Passa um tempo, a pessoa se levanta, diz ao moço da outra mesa que vai ao banheiro e pede para ele olhar a bolsa dela (!!!). Daqui a pouco o moço se vira para mim: “Oi, aquela moça que estava sentada aqui era amiga de vocês?” “Não.” “Ah, tá, é porque faz um tempo que ela levantou e me pediu para olhar a bolsa.” “Ah, vai ver que é uma bomba que ela deixou aqui do nosso lado e vai explodir daqui a pouco.” Depois me arrependi de ter dito isso. Coitado do homem… Passou o resto do tempo que ela levou para voltar (ainda demorou um bocado) vigiando a bendita bolsa!

– Na entrada, encontrei o querido Wendell Bendelack, super hiper mega blaster ator (O Surto – galera de Sampa: NÃO PERCAM ESSA PEÇA!!! -, Casal Consumo e tantas outras peças maravilhosas).

– Durante o show, um artista plástico (Eduardo Ventura) pintou uma tela ali, ao vivo. Ficou uma coisa linda!!!! As telas pintadas durante o show serão expostas e leiloadas no início de agosto na Casa de Cultura Julieta de Serpa.

– O show foi apresentado pela Cissa Guimarães e pelo Cláudio Heinrich.

– A Cissa é ótima, só falou uma bobagem (que eu acredito que estivesse no “script” que estava lendo): chamou os internos de “seres excluídos”. Por que não “PESSOAS excluídas”?

– O Cláudio Heinrich Li Num Livro é triste, meu Deus! Nem lendo ele consegue ser bom. Disse que as telas seriam “arremEtadas” no leilão. Ai ai ai…

– Ana Carolina e Jorge Vercilo estavam na platéia e foram SUPER assediados por fãs, coitados… Juro que fiquei com pena. As pessoas tiravam fotos, pediam autógrafo, puxavam conversa… E os dois sorriam… Acabaram tendo de mudar de mesa.

Garra e coragem

Posted by on 29 May 2006 | Tagged as: família

Meu pai é um sujeito admirável. Acabou de completar 71 anos e hoje me pediu para atualizar o currículo dele (invejável, por sinal) para ele se candidatar a uma vaga de administrador.

Espero que ele consiga a vaga, pois merece. E muito!

O novo habitante da casa

Posted by on 16 May 2006 | Tagged as: animais

Apresento-vos TOBY THOR, o rei dos vikings (e dos vira-latas):

Foi encontrado junto com mais 6 irmãs numa caixa na praça General Osório, debaixo de chuva… Não preciso dizer mais nada, né? Já encontrou um novo lar. Infelizmente as irmãs não tiveram a mesma sorte (não temos como adotar todos)…

Adora dormir em lugares altos, não importa o quão difícil seja a descida (normalmente desastrosa). Já aprendeu a subir na lata de lixo (outro dia estava dormindo em cima dela), faz mil e uma traquinagens por minuto e é muito tinhoso. Quando damos uma bronca, ele se vira e morde nossa mão, tentando mostrar que é ele quem manda. Uma comédia!

Aqui, ele está dormindo em cima de dois sacos de roupas para doação. Os sacos estava atrás da porta do quarto da empregada. É um aventureiro viking, viram só? 🙂

Vinte e um

Posted by on 12 May 2006 | Tagged as: aniversários, dança, família

Há 21 anos, nos beijamos pela primeira vez. Naquele momento, eu sabia que nossas vidas nunca mais seriam as mesmas. (Confesso que não sabia que mudaria TANTO, mas sabia que tudo mudaria.)

Muitos beijos, abraços, carinhos, separações, discordâncias, concordâncias, fofocas, intrigas, invejas e ciúmes depois, ainda hoje ele me faz suspirar e me emociona.

Hoje vamos assistir ao espetáculo “Só tinha de ser com você”, do grupo de dança contemporânea Quasar, para comemorar nossa união, que foi regada – acima de tudo e de todos – com muito amor, respeito, carinho, compreensão e companheirismo. Por tudo isso, hoje me orgulho de dizer:

Roney, só tinha de ser com você! Te amo!!!

Eu não sou bicho!

Posted by on 10 May 2006 | Tagged as: consumidor, vida

Há um assunto que está entalado na minha garganta há algum tempo, mas estava sem tempo e sem cabeça para escrever. Agora que as coisas estão voltando ao normal, resolvi abrir o verbo.

A nova lei estadual que reserva um vagão de trem e de metrô exclusivamente para mulheres é um verdadeiro atestado de incompetência do governo. É certo que algo precisava ser feito em relação aos “tarados de plantão” que adoram andar em vagões cheios para sarrar as mulheres (ô termozinho feio…). Isso é indiscutível. Há que se respeitar a mulher onde quer que ela esteja. Nenhum homem pode simplesmente chegar, se esfregar e sair impune.

Um problema – cultural – é que as mulheres costumam se sentir humilhadas quando são sarradas (é horrível mesmo) e têm vergonha de abrir o bico para reclamar do idiota. Outro problema – também cultural – é que, se uma mulher sai de casa com roupas consideradas “indecentes”, não faltam comentários do tipo “ela está pedindo”.

Já aconteceu comigo quando eu tinha 18 anos. Eu voltava para o trabalho depois do almoço (na época, eu trabalhava em Hotéis Othon, na rua Teófilo Otoni, no Centro do RJ). Estava perto do Ministério da Marinha e, quando virei a esquina da rua Primeiro de Março, um cara veio com a mão cheia e tacou lá! (Para completar, ainda derrubou o sundae que eu estava saboreando que nem criança.) Eu dei um berro alto, me virei e taquei a mão nas costas do infeliz. Dei-lhe um tapão mesmo! Num instante juntou gente, inclusive marinheiros, e eu continuava aos berros: “Seu desgraçado! Vai passar a mão na sua mãe, seu filho-da-p$%&!”

Acho que o infeliz estava bêbado, pois nem se abalou. Na verdade, mal virou para me encarar. Depois eu tive uma crise de choro, mas na hora eu reagi – e reagi com violência mesmo! 🙂

Enfim, tudo isso é para dizer que não é necessário isolar as mulheres, e sim educá-las para reagir (não necessariamente com violência – hehehe) e educar os homens para não abusar das mulheres, nem que seja com uma legislação pesada.

O que não dá é para segregar, isolar as mulheres como se fôssemos culpadas do abuso. Não quero ser tratada como bicho, como doente; quero ser tratada – E RESPEITADA – como mulher!

Se continuar assim, daqui a pouco estaremos partindo para o uso da burka

Shadow

Posted by on 22 Apr 2006 | Tagged as: animais

Não sei se ainda é recente para escrever sobre um dos cachorrinhos que iluminou a minha vida (normalmente, quem não pode ter filhos tende a adotar os bichinhos como parte da família), mas vou tentar apenas descrever algumas das coisas das quais sentirei falta na personalidade dele, ainda tão presente, já que ele se foi de repente, sem aviso.

– Adorava tomar sol deitado na poltrona da sala, quase exclusiva para ele. Às vezes deitava na varanda também, mas a poltrona era o lugar preferido para tomar sol.

– Me desejava bom-dia ainda com os olhinhos fechados, parecendo um japonês. Detalhe: bastava eu abrir a porta do meu quarto para ele vir correndo, meio cambaleante de sono, para me beijar.

– Adorava roubar a toalha de rosto usada (ele puxava do gancho com os dentinhos) e chafurdar nela até cansar. Mas, se alguém visse, ele disfarçava e corria, pois sabia que estava fazendo bobagem.

– Chafurdava na pilha de roupas sujas, separadas para lavar. Se tivesse uma toalha no meio, aí, então, a festa era completa!

– Adorava chafurdar nos nossos travesseiros, mas só quando não estávamos olhando. Quando chegávamos, ele fugia.

– Quando fazia xixi nos lugares errados (era normal, para marcar território), se escondia até alguém descobrir. Quando descobríamos, ele vinha com uma cara de coitadinho, com o rabo entre as pernas, pé ante pé, e começava a pedir desculpas pulando na gente bem devagar (pois não sabia se aceitaríamos o pedido de desculpas).

– Tinha um cantinho para esperar a comida ficar pronta: debaixo da pia da cozinha. Ali, ele deitava e esperava pacientemente a comida ser servida.

– Na hora de ele comer qualquer coisa, eu tinha de fazer carinho, beijá-lo e ficar do lado. Se não fizesse isso, ele simplesmente ficava parado ao lado da tigela, olhando para mim e para o prato de comida (ou biscoito, se fosse o caso).

– Assim como exigia minha companhia na hora das refeições dele, quando eu me sentava para comer ele vinha para o meu lado e me pedia para puxar a cadeira para ele deitar. Ele subia na cadeira, deitava e dormia até eu terminar de comer.

– Apesar de ser muito carinhoso conosco, era conhecido como “pit-cocker” na rua toda, pois puxava briga com qualquer cachorro, de preferência maior que ele.

– Quando chegávamos em casa, a festa era deliciosa! Ele corria, pulava, rodava, lambia nossa cara.

– Adorava me observar, do alto da escada, enquanto eu trabalhava.

– Gostava de dormir com a cabeça enfiada atrás da porta, parecendo um cachorro-sem-cabeça.

– Bastava eu me aproximar da janela para ele começar a pular e pedir para eu colocá-lo na janela. Quando eu o fazia, ele ficava olhando a paisagem, curtindo o ventinho e o carinho.

– Adorava tirar fotos. Fazia até pose! Mas tinha limites. Se eu tirasse muitas fotos, ele começava a fazer cara de bravo.

– Tratava o Roney como “macho alfa” da casa. Respeitava-o ao extremo.

– Detestava ser agarrado e apertado (lógico que fazíamos isso o tempo todo porque ele era irresistível, mas ele ficava bravo). No entanto, se o Roney dissesse “Vou te pegar, Shadow, vou te pegar”, ele parava, abaixava a cabeça, abanava o rabinho e começava a rosnar. A sensação nítida que tínhamos era que ele pensava “Droga, eu gosto de carinho, mas tenho que manter a minha fama de mau”.

– Havia um “ponto de carinho” na sala. Ele vinha, parava ao lado do sofá (sempre no mesmo ponto) e ficava esperando carinho dos humanos escravos. Depois, se derretia todo e deitava no mesmo lugar. Se parássemos o carinho, ganhávamos uma leve patadinha, como quem dissesse “Ainda não estou satisfeito, pode continuar, por favor, escravo?”.

– Não podia ver uma bacia, sacola ou qualquer coisa em que ele pudesse entrar e deitar enroscadinho.

– Detestava tomar banho. Se escondia debaixo da cama e rosnava para quem se aproximasse. Na época em que Bilbo (nosso outro fofinho que nos deixou depois de uma doença grave) ainda estava por aqui, um defendia o outro contra quem viesse buscar a próxima “vítima” do banho.

– Quando ainda era bem pequeno, tomava sorvete que nem gente grande (dado por uma amiga nossa). Depois perdeu a mania, mas não podia nos ver tomando sorvete que fazia aquela cara de coitadinho para ver se conseguia algum.

– Tinha um ciúme danado da empregada. Ninguém podia se aproximar dela e tocá-la, pois ele avançava para morder.

– Bilbo ficou cego muito cedo (por volta dos 7 anos). Shadow servia de guia para ele: levava-o para beber água, ir ao banheiro e o guiava de volta, não permitindo que o Bilbo batesse com a cabeça em lugar nenhum. Uma cena comovente.

– Adorava roubar batatas para roer! Ele roubava da cesta de legumes e o Bilbo roubava dele. Uma comédia!

– Quando a Lady (outra cachorrinha que acolhemos) se escondia do banho, ele a delatava. Ia aonde quer que ela estivesse (normalmente ela se escondia do meu lado, no escritório) e começava a latir, chamando a empregada e alertando onde estava a fujona.

Quando ele ainda era bebê, veio para a casa da vizinha. A empregada odiava (odeia) animais e batia muito nele. Chegou até a jogá-lo contra a parede dentro de um lençol. Passava dias e dias preso na varanda, sob sol ou chuva, ou preso no lavabo, sem comida e sem água. Com isso, ele bebia o próprio xixi e comia papel higiênico para sobreviver. Não tomou nenhuma vitamina quando era bebê, então ficou nanico o resto da vida.

Foi assim que a nossa empregada começou a trazê-lo para cá: para dar banho, comida e água. Não demorou muito para que, toda vez que a vizinha abria a porta, ele fugisse para cá e arranhasse a porta para ser acolhido. Foi assim que herdamos esse bichinho fofinho, lindo e carinhoso antes de completar um ano de vida. Tenho certeza que ele teve dias MUITO felizes aqui. E que nós fomos muito felizes com ele.

Homenagem

Posted by on 19 Apr 2006 | Tagged as: animais

Shadow

1996 – 2006


Não dá para falar mais nada agora. Estou sofrendo demais a perda do meu amorzinho…

Amargura…

Posted by on 17 Apr 2006 | Tagged as: vida

Desculpem a minha amargura dos últimos dias…

Prometo que volto ao normal… Um dia eu volto ao normal…

Loucura?

Posted by on 17 Apr 2006 | Tagged as: consumidor

Às vezes eu tenho a sensação de estar enlouquecendo. Por favor, me digam se estou enlouquecendo ou se este item do regulamento do Submarino para parcelar as compras em 12 vezes sem juros faz ALGUM sentido:

6. Se você comprar, no mesmo pedido cujo valor seja igual ou maior que R$ 360,00, produtos com prazos de entrega diferentes, cada produto será debitado à medida que for liberado para envio. Nesse caso, o parcelamento em 12x só poderá ser mantido para liberações que representem, no mínimo, parcelas no valor de R$ 30,00. Caso não seja possível manter o parcelamento em 12x sem juros, o valor será dividido de forma que cada parcela seja de R$ 30,00 no mínimo, respectivamente, em 10, 8, 6, 5, 4, 3 ou 2 vezes, dependendo do caso.

Exemplo 1:
Se você comprar:
DVD Player – R$ 360,00 – Prazo de entrega: 1 dia
Discman – R$ 150,00 – Prazo de entrega: 1 semana
Total do Pedido – R$ 510,00

O DVD Player será enviado em 1 dia útil e dividido em 12x sem juros, pois cada parcela será de R$ 30,00. O Discman será enviado em 1 semana, e será dividido em 5x, pois cada parcela deve ser de R$ 30,00, no mínimo.

Tudo bem, a intenção de acelerar a entrega ao cliente é ótima, mas eu quero ter a OPÇÃO de querer receber tudo junto no maior prazo de entrega. Não tenho essa opção… O sistema deles não permite…

Faz algum sentido?
Estou louca?
As empresas estão enlouquecendo?
SOCORRO!!!!!

Detalhes de ontem

Posted by on 15 Apr 2006 | Tagged as: consumidor

Esqueci de alguns detalhes da novela de ontem com a Claro:

1. Isso tudo aconteceu no dia do meu aniversário de casamento, ou seja, bye bye qualquer tentativa de comemoração.

2. O gerente EM NENHUM MOMENTO tentou um acordo, uma conciliação. Ele só saiu do buraco dele (para estar com o mau humor que estava, só pode trabalhar dentro de um buraco) para nos agredir e nos destratar. Um horror!

3. Na minha família existem 8 (OITO!!!) celulares da Claro, TODOS em nome do Roney ou em meu nome, sendo que apenas 2 são pré-pagos.

4. Somos clientes da Claro (antes ATL, que era BEM melhor) desde os primeiros meses de existência da empresa.

Acho que merecíamos um tratamento um pouco melhor. Na verdade, se nos tratássemos como GENTE, em vez de nos tratar como cachorros (se pensarmos bem, tem cachorro que é muito mais bem tratado do que fomos ontem pelo cavalo do gerente), já seria um grande progresso…

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