família
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Posted by Cláudia on 15 Jun 2008 | Tagged as: família, música
A TV Globo tem conseguido me fazer enjoar de algumas das minhas músicas preferidas. Não tenho o costume de ver muitas coisas na Globo, mas sempre ouço as músicas ao longe.
Na última novela das oito, enjoei de uma música que eu adoro: E vamos à luta, de Gonzaguinha. Era todo dia, na abertura e no fechamento da novela. Enjoei mesmo. Só volto a ouvir daqui a uns meses.
Na novelinha das seis atual, estão destruindo Redescobrir, também do Gonzaguinha (tão vendo que eu amo esse homem, né?), música da qual tenho a lembrança de ver Elis cantando e me levando às lágrimas. Só porque a música fala em “brincadeira de roda” e o nome da novela é “Ciranda de Pedra”, eles acham que tem tudo a ver! :\
Agora, na novela das oito, de vez em quando escuto Fala, de João Ricardo e Luli, cantada pelo grupo Secos & Molhados. Coisa de infância mesmo. Essa música era uma das que meu dindo tocava no violão e me ensinava a cantar. Acho que devo a ele o meu gosto pela música de vários estilos, embora ele fosse apaixonado por rock.
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Posted by Cláudia on 15 Apr 2008 | Tagged as: família, vida
No dia 14 de abril de 1990, às 16 horas, eu entrava na Igreja Presbiteriana de Copacabana para me casar. Deu tudo errado: meu pai atrasou mais que eu, entrei com a música errada, que era pra ter sido a música do Roney entrar, o pastor falou coisas absurdas e a gente quase morreu de calor durante a cerimônia.
Apesar disso e de várias idas e vindas, nosso casamento deu muito certo. Somos muito felizes e temos uma amizade e um companheirismo que eu não trocaria por nada.
Ontem, ganhei de presente dois ímãs (um dizia SORTE e o outro dizia VIVA MAIS), uma cartela de adesivos do Pequeno Príncipe (uma das minhas histórias favoritas, apesar de eu não ser miss) e um copo com várias coisinhas escritas (sonhe grande; dance na chuva; durma com os anjos; viaje para a lua; pinte o sete; declare seu amor; medite; pule carnaval; escreva uma carta de amor; contemple o pôr-do-sol; vá à praia).
Fiquei toda feliz. Obrigada, meu amor!
Posted by Cláudia on 13 Apr 2008 | Tagged as: família, saúde
Ontem foi dia de maratona no hospital. Minha mãe acordou com dor na vesícula e achou que estava com icterícia de novo. Lá fomos nós para o Hospital São Lucas (particular). Depois de alguns exames, acabou voltando para casa com a intenção de marcar logo o cirurgião e operar.
Vocês não têm idéia de como o hospital estava lotado. A sala de espera da emergência não tinha cadeiras vagas quando chegamos. Depois de entrar, uma quantidade enorme de pessoas tomando soro sentadas em cadeiras desconfortáveis e cochilando sentadas. Pessoas com fisionomias fortes, de quem não se dobra com facilidade, dormindo sentadas, tremendo de frio. Caramba!
Tenho visto as reportagens sobre dengue na televisão, mas ver de perto as pessoas derrubadas pela doença é muito chocante. A gente não tem a dimensão verdadeira da situação até ter contato direto com as pessoas. Tinha muita gente com dengue lá ontem.
Teve uma hora que eu quase desmaiei. Um rapaz com dengue estava muito nervoso e o enfermeiro não conseguia encontrar a veia dele. Fechei os olhos para não ver, mas infelizmente abri na hora errada, quando ele estava conseguindo furar o braço do pobre coitado, que já havia sido furado várias vezes na última semana. Tudo ficou preto na minha frente. Sentei e fiquei quietinha para não cair dura.
No final, acabamos conversando com pessoas simpáticas e solidárias. Apesar do cansaço e do choque com a dengue, foi um dia interessante.
Posted by Cláudia on 01 Apr 2008 | Tagged as: família, saúde
Minha mãe foi para SP com o objetivo de fazer uma cirurgia para extrair útero, ovários e vesícula. O ovário tem um cisto de 8cm X 6cm e a vesícula está repleta de pedras. Estava fazendo os exames pré-operatórios, mas hoje teve de ser internada de emergência porque a vesícula inflamou e ela está com icterícia.
Resultado: amanhã fará uma endoscopia para ver se a pedra na vesícula desobstrui o canal e melhora o quadro geral. Se isso não acontecer, ela vai retirar a vesícula e, depois, em uma segunda cirurgia, retirar o útero e o ovário.
O pior é que veio tudo de uma vez só, sem dó nem piedade. Agora à noite, parei um pouco para esfriar a cabeça vendo um filminho: Melhor é impossível. Minha identificação foi imediata com o momento do filme em que o vizinho do Melvin (Jack Nicholson) acabou de voltar do hospital todo arrebentado e diz: “É tanta coisa ao mesmo tempo que dói demais. A ponto de eu não ter vontade de reclamar.” (ou algo parecido)
É assim que estou me sentindo: com tantos problemas para resolver e com tantas preocupações que não tenho vontade de falar, de reclamar, de me abrir com alguém, de pedir ajuda. Minha analista sempre dizia que eu precisava aprender a pedir ajuda, a ser frágil. Mas a capa que construí à minha volta é tão resistente e tão à prova de tudo que tenho muito medo de deixá-la cair.
Ao mesmo tempo, me sinto muito frágil por dentro. Como se fosse desmoronar a qualquer momento. Espero estar errada…
Posted by Cláudia on 23 Feb 2008 | Tagged as: amigos, família
Assistir à minissérie “Queridos Amigos”, da Rede Globo, está me fazendo pensar muito nos meus amigos de outrora. Não querendo usar um clichê, mas usando, éramos como uma grande família.
Minhas lembranças de adolescente incluem todos eles: Ana Cristina, Ary Paulo, Eduardo, Fernando, Gilzer, Jorginho, Marcos, Maria Alice, Mário Jorge, Sérgio, Zezinho, Rosângela, Rosemary, Rosilene e Valéria. O grupo era carinhosamente intitulado “turma da praia”, embora não vivêssemos só de praia.
Lembro muito bem das tardes em que nos juntávamos para ir ao cinema. Depois do cinema era batata: pão doce com Fanta Limão na padaria da esquina (nem existia McDonald’s na época). Éramos freqüentadores do Roxy, do Copacabana, do Rian e do Caruso. Uma vez, Marcos e Ary entraram atrasados no cinema, com o filme começado. Gritaram para nos encontrar e acabaram expulsos do Copacabana.
Toda sexta e sábado tinha festinha na minha casa, pois minha mãe era a mais “liberal” (no fundo, acho que ela queria mesmo era me controlar). Os meninos (normalmente Ary, Fernando, Marcos e Sérgio) chegavam na esquina assoviando que nem loucos e eu tinha de descer correndo para abrir a portaria do prédio, senão eles faziam um escândalo de tanto assovio. 🙂 Quando eles chegavam, se a Maria Alice não estivesse lá em casa, eles iam buscá-la (ela morava no mesmo quarteirão, virando a esquina). E ficávamos dançando a noite toda.
Quando houve a primeira queima de fogos de Reveillón na praia de Copacabana (nem me lembro em que ano foi isso), nossos pais sentaram em uma mesa do Alcazar de manhã e só saíram na madrugada do dia seguinte (houve um revesamento para banho e refeições, claro). Antes de sair, fizeram uma pilha de bolachas de chopp e marcaram a altura, escrevendo o ano no pau da barraca (antigamente, os bares da Av. Atlântica tinham barracas, e não tendas, como hoje). Nos anos seguintes, a meta era superar a marca de bolachas de chopp do ano anterior.
Durante os anos de amizade-família, também houve tragédias. O pai da Ana Cristina e do Ary sofreu um acidente na saída do túnel aqui perto de casa (até hoje tenho trauma de atravessar ali porque penso sempre nele) e passou por várias cirurgias até voltar a andar. A mãe do Fernando faleceu e ele teve de ir morar com o pai, que era separado da mãe. Rosângela engravidou do namorado (para a família dela, isso foi uma tragédia). Valéria também faleceu, nos deixando com um buraco de saudade no peito.
Lógico que houve muito namorico, paixonite, intriga, fofoca, rompimento, inimizade, briga etc., mas o que ficou MESMO foi a saudade de tempos em que não nos preocupávamos com nada, nem mesmo em usar filtro solar: nos expúnhamos ao sol – e à vida – com a leveza de quem tem a alma livre. Sinto falta disso…
Posted by Cláudia on 08 Feb 2008 | Tagged as: amigos, família, vida
Além de ser meu padrinho, Luiz era meu primo. Quando eu era pequena, praticamente vivia mais na casa dos meus tios do que na minha. A família era grande (ainda é), mas eu e ele tínhamos uma afinidade que ia muito além de primo/prima ou padrinho/afilhada. Parecíamos irmãos espirituais. Ele sempre me fazia rir muito.
Era um artista. Teve barraca na feira hippie. Vendia artesanato feito por ele. Cintos, pirogravuras, cordões. Me lembro até hoje de um cinto que ele fez para mim. Todo colorido, com gravações no couro. Eu adorava aquele cinto.
Tocava piano. Violão. Cantava. Me ensinava um monte de músicas. Mas o mais importante foi que ele me ensinou a gostar de Beatles, Renaissance, Pink Floyd…
Depois que o pai faleceu, há 10 anos, ele perdeu o gosto pela vida. Andava deprimido, não se cuidava, se afastou muito de todos.
Hoje, aos 53 anos de idade (ele me batizou bem novinho), ele resolveu nos pregar uma última peça. Estava indo para o trabalho (a fábrica herdada do pai) e faleceu antes mesmo de chegar lá. Foi com essa notícia que eu acordei. Passei o dia ao lado da minha tia e dos primos todos. Chorei que nem criança desmamada, quase desmaiei de fraqueza no cemitério.
Durante o velório, eu só conseguia pensar em uma música, que adaptei mentalmente. Essa música se repetiu o dia inteiro (tudo na minha vida tem que ter trilha sonora):
Close your eyes
And I’ll kiss you
Tomorrow
I’ll miss you
Remember
I’ll always be true
And then while you’re away
I’ll think of you
Everyday
And I’ll send
All my loving
To you
Vá em paz, Luiz. Encontre seu pai, sua felicidade perdida e me espere aí para o show de rock com participação especial de John e George.
(Foto tirada na minha formatura, em março de 2004. Minha última foto com Luiz.)
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Posted by Cláudia on 07 Jan 2008 | Tagged as: família, vida
No sábado, descobrimos que o celular da minha mãe fora roubado ou perdido (ainda não tínhamos certeza; só sabíamos que o celular sumira). Ontem, lá fomos nós para uma loja Claro (a do Shopping Leblon, que é a melhor de todas): eu, Roney, minha mãe e meu irmão Paulo (que tem um atraso mental por causa de problemas no parto, ou seja, tem a idade mental de um rapaz de uns 16 a 18 anos, apesar de ter 45).
Decidimos comprar um chip novo e habilitar a linha antiga dela em um aparelho velho e arranhado que tínhamos sobrando.
Chegando lá, ela começou a olhar os aparelhos e ver preços para substituir o tijolão TDMA perdido. Achou tudo caro. Afinal, ela só precisava de um aparelho que falasse e recebesse ligações; nada de máquina fotográfica, mp3, rádio etc.
Eu e Roney sentamos com o atendente e recebemos uma boa notícia: ela poderia pegar um aparelho novo (bem simples) com um chip SEM PAGAR NADA. Ótimo.
Só que ela não estava perto de nós, então não soube da notícia imediatamente. Além disso, estava conversando com o Paulo (os dois estavam morrendo de fome). Mais tarde, ela me contou o diálogo entre eles:
– Mãe, eu tô com uma fome! Minha barriga tá roncando!
– É, Paulão? A minha também. A gente já vai almoçar, tá?
– Tá. – Pausa. – Mãe, eu vou comprar um celular pra você, tá?
– É, Paulão? Com que dinheiro?
Ele faz uma careta e diz:
– É… Precisa de dinheiro, né?
– É, precisa.
Depois de refletir, ele diz:
– Ah, já sei! Eu tenho um dinheirinho na minha carteira lá em casa!
(Parêntese rápido: A gente sempre dá um dinheirinho para ele comprar pipoca e refrigerante quando ele sai para passear pelas calçadas de Copacabana, ou seja, ele devia ter uns 2 ou 3 reais de troco na carteira.)
– Ah, Paulão, mas esse dinheirinho não dá para comprar um celular.
– Tsc. Celular é caro, né, mãe?
– É, Paulão, é caro.
Eu acho superfofo quando ele inventa de dar alguma coisa de presente para minha mãe (que nem é mãe biológica dele, só adotiva). Outro dia foi comigo: fomos comprar um tênis para ele e ele cismou que eu tinha de comprar um par de havaianas. Até me ajudou a escolher!
Eu tinha muita vontade de colocá-lo numa escola do tipo que ensinasse a lidar com dinheiro, fazer continhas básicas, ler um pouquinho, escrever um mínimo. Mas não rola grana para isso, infelizmente… Além disso, há muitas coisas envolvidas. Uma pena!
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Posted by Cláudia on 05 Dec 2007 | Tagged as: família
Acho que esse é um mal de família.
Hoje, uma ex-colega de trabalho da minha mãe a chamou para fazer um manual de educação a distância e ela foi. Chegando lá, a mulher disse para ela fazer um roteiro do manual. Ela fez em duas horas, entregou e perguntou se queria que desenvolvesse os tópicos. A mulher disse: “Você está muito cansada. Vá para casa e, quando tiver mais trabalho, eu chamo. Aqui estão 30 reais para você comprar bananas.”
Minha mãe se sentiu a última das criaturas e voltou para casa chorando. Tive vontade de ir lá socar a cara da criatura.
Mais cedo, meu “querido” sogro me aprontou uma. Esqueci de pagar a ele R$ 55,00 e ele fez de tudo para eu me sentir a última das criaturas. Parecia que eu estava devendo 55 mil! (Como se ele precisasse desesperadamente do meu pobre dinheirinho suado.) Simplesmente acabou com meu dia, falando coisas que ninguém merece ouvir. Já tive crises e mais crises de choro hoje.
O Roney fica dizendo que ele não merece meu choro, que ele é um ser inferior, que eu preciso me animar e esquecer do infeliz, mas é muito difícil. Eu faço tudo certinho, defendo o cara toda vez que o Roney fica com raiva dele e, em troco, recebo um monte de agressões verbais. É difícil entender isso. Haja kharma para queimar!
Mandei um torpedinho para ele no celular: “Obrigada por arruinar meu dia.” E ele me retornou dizendo que eu errei e não assumi meu erro, que ele nos ajuda muito. Pombas! O cara não faz UMA ligação para saber se estamos bem, se precisamos de alguma coisa ou se estamos vivos e ainda faz essas gracinhas. TODA vez que ele telefona é para infernizar nossa vida, cobrar ou pedir algo. Até cachorro ele cismou que tínhamos de ajudá-lo a comprar!
Enquanto isso, meu pai liga para nossa casa diariamente para saber como estamos e, se eu atendo com uma voz ligeiramente triste, ele faz de tudo para tentar resolver a situação. E realmente se preocupa comigo e com o Roney.
Desculpem o desabafo, mas hoje está demais! Ainda por cima, o clima não está ajudando, com esse calor mortal.
Posted by Cláudia on 02 Sep 2006 | Tagged as: família, vida
Ando afastada do blog por dois motivos: 1. excesso de trabalho (iupi!); 2. estou reformulando o blog e o site e isso gera uma certa “preguiça” de escrever aqui para depois ter de importar para outro sistema. 😉
Mas hoje eu preciso desabafar…
Eu vivo um verdadeiro inferno na minha própria casa.
Como alguns sabem, moro na casa da minha mãe (pagando um aluguel razoavelmente baixo) por medida de economia. Minha mãe abriga uma infeliz que tentou matar meu irmão adotivo quando ainda estava na barriga dela. Resultado: ele nasceu com problemas mentais e ela o rejeitou (meus avós e meus pais criaram ele e alguns anos depois meus pais o adotaram legalmente).
A infeliz não tem onde cair morta. Vocês já viram essas mulheres malucas que andam pela rua xingando quem passa? Ela seria uma dessas se minha mãe não a abrigasse.
O problema é que ela é tudo de ruim que existe no mundo: grossa, desbocada, burra, mal-educada, ignorante e muitas outras coisas mais. Além de tudo, a desgraçada ainda fuma (quem me conhece sabe que sou alérgica a cigarro). E me odeia porque eu sempre reclamo da bosta do cigarro e de ela entupir os cachorros com arroz e frango sem necessidade, já que os dois adoram ração.
Pois bem. De duas semanas para cá, ela decidiu fazer algo que me parece macumba contra nós. Eu e Roney limpamos a casa no domingo e estava tudo limpíssimo. Na segunda, saímos de casa e, quando voltamos, tudo que tínhamos limpado estava coberto com um pó cinza com cheiro de peixe: nosso santuário, o sofá e principalmente nossas mesas de trabalho.
Trocamos imediatamente as fechaduras da nossa parte da casa e, de lá para cá, TUDO fica trancado quando não estamos aqui. Hoje, ao chegarmos de um espetáculo de dança, o tal pó estava na nossa porta de entrada (que é separada da porta do resto da casa).
Eu acredito muito na lei do tríplice retorno, então sei que tudo que desejam para mim, seja bom ou ruim, volta em triplo para quem deseja. Mas isso me desgasta muito e me entristece. É uma carga muito grande, que às vezes não sei se consigo segurar… 🙁
Minhas dúvidas são:
1. Alguém sabe que porcaria é essa de pó cinza com toques de preto e cheiro de peixe quando molha?
2. E para que serve?
3. A infeliz não tem noção de nada na vida????
🙁
Posted by Cláudia on 29 May 2006 | Tagged as: família
Meu pai é um sujeito admirável. Acabou de completar 71 anos e hoje me pediu para atualizar o currículo dele (invejável, por sinal) para ele se candidatar a uma vaga de administrador.
Espero que ele consiga a vaga, pois merece. E muito!
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