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Sobre o final da série LOST – contém spoilers

Posted by on 24 May 2010 | Tagged as: Uncategorized

Na primeira temporada de LOST, quando todo mundo começou a pirar nos mistérios criados pela série, eu disse: “Não quero saber dos mistérios. Quero saber das pessoas”. Também disse que estavam todos mortos, numa espécie de “purgatório” ou “limbo”, mas isso foi desmentido pela produção naquela época.

Quando vi este vídeo do TED com J.J. Abrams, tive ainda mais certeza de que ele não explicaria nada.

E, ontem, no final da série, depois de seis anos, ele realmente não explicou os mistérios todos. E comprovou minhas teorias: estavam todos mortos, e a ilha era uma espécie de purgatório onde eles deveriam “se redimir” de suas vidas anteriores.

Mas isso não é importante no final da série.

O que me emocionou foi ver a mudança dos personagens, a forma como eles encontraram suas verdadeiras essências e entenderam o valor da amizade, do outro, da colaboração. O que eles viveram juntos foi uma prova de fogo para chegar a isso.

E nós? Temos compreendido os sinais da vida? Temos aproveitado cada momento para fortalecer amizades, valorizar os outros e colaborar para tornar útil a nossa vida? Será que precisaremos passar por um “purgatório” para encontrar nossas verdadeiras essências e entender que nada é real ou virtual, que tudo que importa são nossos sentimentos, nossas ligações uns com os outros, que somos todos uma coisa só?

Eu, o processo e a Vakinha

Posted by on 29 Dec 2009 | Tagged as: Uncategorized

Quando recebi a intimação do processo movido pelo médico contra mim, fiquei apavorada. Excluí o post e, no dia seguinte, quando descobri que também estava sendo processada criminalmente, tirei o blog todo do ar.

Tive crises de depressão gravíssimas e fui parar no hospital. Parei de trabalhar por cerca de um mês. Voltei a tomar antidepressivos, coisa que não fazia havia mais de cinco anos.

De lá para cá, as coisas vêm melhorando aos poucos, mas a mera existência do processo sempre me causava pânico. Praticamente parei de blogar. Senti minha liberdade de expressão tolhida e castrada. Tinha medo de escrever sobre qualquer assunto.

No início deste mês, recebi a notícia de que seria intimada a pagar a indenização no valor de R$ 2.940,00 em 48h, sob pena de penhora online. Comecei a ver com a minha advogada como eu poderia proteger alguns bens essenciais ao meu trabalho (o computador, principalmente). Descobri que existe uma lei que protege os “bens de família”, o que me aliviou um pouco. Ainda desesperada e apavorada, comecei a pensar no que eu poderia vender, leiloar, rifar etc. para arrecadar o valor da indenização e desabafei com meus amigos no Twitter.

Foi aí que tudo começou a se transformar. E aqui preciso fazer um adendo. Preciso explicar que minha vida simplesmente mudou desde que conheci algumas pessoas no Twitter Oculto do ano passado e, a partir daí, passei a usar mais o Twitter como forma de manter contato com essas pessoas. Fiz amigos que jamais teria a oportunidade de conhecer, quanto mais de me aproximar e firmar laços tão fortes.

Eu, que sempre fui a rainha da timidez, da instrospeção e da vergonha própria, me vi organizando um evento como o Luluzinha Camp RJ e ajudando na organização do Twestival RJ. E falando ao microfone e tudo! Vocês não têm ideia de como isso representa um progresso gigantesco para quem tinha vergonha até de cumprimentar as pessoas conhecidas.

Enfim, voltando à história do processo. Meus amigos “virtuais” (não acredito nessa separação, mas acho importante enfatizar que conheci e fiz amizade com os dois online) Simone Villas-Boas (@s1mone) e Leandro Bravo (@lebravo) tiveram a ideia de criar uma Vakinha online para me ajudar a pagar a indenização. Aceitei porque eu realmente não sabia como ia fazer para pagar os R$ 2.940,00 ao médico. Aceitei achando que conseguiria arrecadar, no máximo, uns mil reais e, depois, daria algum jeito para conseguir o que restasse.

No mesmo dia, a Vakinha online atingiu 100% (hoje o valor está menor porque alguns pagamentos não foram confirmados). Amigos e pessoas que eu não conhecia e que nunca haviam conversado comigo estavam ajudando financeiramente e/ou divulgando a mensagem online por vários meios (Twitter, blogs, e-mail, listas de discussão etc.).

Hoje, dia 29 de dezembro de 2009, estou aqui, sentada em frente ao meu computador, única e exclusivamente para agradecer a cada um que contribuiu de alguma forma para que eu conseguisse arrecadar a maior parte do valor da indenização. (Acabei de ver que a Vakinha já tem 84,76% do valor.)

Agradeço especialmente a você que:

é meu amig@ e contribuiu com qualquer quantia;

é meu amig@ e não pôde contribuir por algum motivo, mas divulgou a Vakinha;

é meu amig@ e não pôde contribuir nem divulgou, mas me apoiou e me deu seu carinho;

é meu amig@ e não contribuiu nem divulgou e acha tudo isto uma grande palhaçada, mas continua sendo meu amig@;

não é meu amig@ e contribuiu com qualquer quantia;

não é meu amig@ e não pôde contribuir por algum motivo, mas ajudou a divulgar a Vakinha;

não é meu amig@, mas levantou sua voz contra a repressão ao direito constitucional de liberdade de expressão;

nem me conhecia, mas contribuiu e/ou divulgou a Vakinha porque deseja defender a garantia ao direito constitucional de liberdade de expressão;

é jornalista e abriu a boca para divulgar o caso e se indignou (ou não) com a situação.

Queria poder nomear cada pessoa que contribuiu, divulgou e/ou me apoiou, mas tenho muito medo de esquecer alguém e ser injusta. Pensei em colocar aqui os links para todos os posts que mencionaram o caso e as mensagens de apoio recebidas, mas vocês não têm ideia da quantidade! Eu certamente me esqueceria de alguém e – repito – não quero ser injusta com ninguém.

Por isso, deixo apenas um beijo e todo o meu carinho a todos vocês que ajudaram de alguma forma. Eu JAMAIS serei capaz de agradecer como vocês merecem.

Heart-Umbrella-1

Twestival

Posted by on 04 Sep 2009 | Tagged as: Uncategorized

Na próxima sexta-feira, dia 11 de setembro, acontece aqui no Rio de Janeiro o Segundo Twestival RJ. A primeira edição ajudou a ONG Charity: Water a construir poços de água potável na África. Esta segunda edição vai ajudar a Sociedade Viva Cazuza, que está passando por dificuldades financeiras.

Como faço parte da organização do Twestival, estive na Sociedade Viva Cazuza em visita e fiquei muito emocionada com o cuidado e o carinho dedicados às 22 crianças soropositivas que vivem lá.

Se você puder contribuir com um pouquinho, já vai ajudar a manter este belo projeto. As crianças agradecem.