February 2008
Monthly Archive
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Posted by Cláudia on 26 Feb 2008 | Tagged as: saúde, vida
Consegui ir ontem ao médico e ele me disse que estou com um pinçamento de nervo na cervical. Mandou que eu ficasse de repouso e fazendo fisioterapia por duas semanas. Ri na cara dele, né? Mas acabei prometendo ficar uma semana quieta. 🙁
Sendo assim, me desejem melhoras e não chorem, pois eu voltarei rapidinho. 🙂
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Posted by Cláudia on 25 Feb 2008 | Tagged as: vida
Depois de quase dez dias com dor de cabeça constante, amanhã finalmente vou ao neurologista. Espero que ele consiga uma solução para essa praga na minha vida…
Credo!
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Posted by Cláudia on 23 Feb 2008 | Tagged as: amigos, família
Assistir à minissérie “Queridos Amigos”, da Rede Globo, está me fazendo pensar muito nos meus amigos de outrora. Não querendo usar um clichê, mas usando, éramos como uma grande família.
Minhas lembranças de adolescente incluem todos eles: Ana Cristina, Ary Paulo, Eduardo, Fernando, Gilzer, Jorginho, Marcos, Maria Alice, Mário Jorge, Sérgio, Zezinho, Rosângela, Rosemary, Rosilene e Valéria. O grupo era carinhosamente intitulado “turma da praia”, embora não vivêssemos só de praia.
Lembro muito bem das tardes em que nos juntávamos para ir ao cinema. Depois do cinema era batata: pão doce com Fanta Limão na padaria da esquina (nem existia McDonald’s na época). Éramos freqüentadores do Roxy, do Copacabana, do Rian e do Caruso. Uma vez, Marcos e Ary entraram atrasados no cinema, com o filme começado. Gritaram para nos encontrar e acabaram expulsos do Copacabana.
Toda sexta e sábado tinha festinha na minha casa, pois minha mãe era a mais “liberal” (no fundo, acho que ela queria mesmo era me controlar). Os meninos (normalmente Ary, Fernando, Marcos e Sérgio) chegavam na esquina assoviando que nem loucos e eu tinha de descer correndo para abrir a portaria do prédio, senão eles faziam um escândalo de tanto assovio. 🙂 Quando eles chegavam, se a Maria Alice não estivesse lá em casa, eles iam buscá-la (ela morava no mesmo quarteirão, virando a esquina). E ficávamos dançando a noite toda.
Quando houve a primeira queima de fogos de Reveillón na praia de Copacabana (nem me lembro em que ano foi isso), nossos pais sentaram em uma mesa do Alcazar de manhã e só saíram na madrugada do dia seguinte (houve um revesamento para banho e refeições, claro). Antes de sair, fizeram uma pilha de bolachas de chopp e marcaram a altura, escrevendo o ano no pau da barraca (antigamente, os bares da Av. Atlântica tinham barracas, e não tendas, como hoje). Nos anos seguintes, a meta era superar a marca de bolachas de chopp do ano anterior.
Durante os anos de amizade-família, também houve tragédias. O pai da Ana Cristina e do Ary sofreu um acidente na saída do túnel aqui perto de casa (até hoje tenho trauma de atravessar ali porque penso sempre nele) e passou por várias cirurgias até voltar a andar. A mãe do Fernando faleceu e ele teve de ir morar com o pai, que era separado da mãe. Rosângela engravidou do namorado (para a família dela, isso foi uma tragédia). Valéria também faleceu, nos deixando com um buraco de saudade no peito.
Lógico que houve muito namorico, paixonite, intriga, fofoca, rompimento, inimizade, briga etc., mas o que ficou MESMO foi a saudade de tempos em que não nos preocupávamos com nada, nem mesmo em usar filtro solar: nos expúnhamos ao sol – e à vida – com a leveza de quem tem a alma livre. Sinto falta disso…
Posted by Cláudia on 15 Feb 2008 | Tagged as: vida
Depois de uma baita intoxicação alimentar, estou de volta à vida. Ainda estou fraquinha, mas já voltei a me alimentar e já parei de tomar soro. Continuo com a medicação, mas já estou beeeeeeeeeeeeeem melhor.
Obrigada, Santo Alê! 🙂
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Posted by Cláudia on 08 Feb 2008 | Tagged as: amigos, família, vida
Além de ser meu padrinho, Luiz era meu primo. Quando eu era pequena, praticamente vivia mais na casa dos meus tios do que na minha. A família era grande (ainda é), mas eu e ele tínhamos uma afinidade que ia muito além de primo/prima ou padrinho/afilhada. Parecíamos irmãos espirituais. Ele sempre me fazia rir muito.
Era um artista. Teve barraca na feira hippie. Vendia artesanato feito por ele. Cintos, pirogravuras, cordões. Me lembro até hoje de um cinto que ele fez para mim. Todo colorido, com gravações no couro. Eu adorava aquele cinto.
Tocava piano. Violão. Cantava. Me ensinava um monte de músicas. Mas o mais importante foi que ele me ensinou a gostar de Beatles, Renaissance, Pink Floyd…
Depois que o pai faleceu, há 10 anos, ele perdeu o gosto pela vida. Andava deprimido, não se cuidava, se afastou muito de todos.
Hoje, aos 53 anos de idade (ele me batizou bem novinho), ele resolveu nos pregar uma última peça. Estava indo para o trabalho (a fábrica herdada do pai) e faleceu antes mesmo de chegar lá. Foi com essa notícia que eu acordei. Passei o dia ao lado da minha tia e dos primos todos. Chorei que nem criança desmamada, quase desmaiei de fraqueza no cemitério.
Durante o velório, eu só conseguia pensar em uma música, que adaptei mentalmente. Essa música se repetiu o dia inteiro (tudo na minha vida tem que ter trilha sonora):
Close your eyes
And I’ll kiss you
Tomorrow
I’ll miss you
Remember
I’ll always be true
And then while you’re away
I’ll think of you
Everyday
And I’ll send
All my loving
To you
Vá em paz, Luiz. Encontre seu pai, sua felicidade perdida e me espere aí para o show de rock com participação especial de John e George.
(Foto tirada na minha formatura, em março de 2004. Minha última foto com Luiz.)
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