Sobre o final da série LOST – contém spoilers
Posted by Cláudia on 24 May 2010 at 02:25 pm | Tagged as: Uncategorized
Na primeira temporada de LOST, quando todo mundo começou a pirar nos mistérios criados pela série, eu disse: “Não quero saber dos mistérios. Quero saber das pessoas”. Também disse que estavam todos mortos, numa espécie de “purgatório” ou “limbo”, mas isso foi desmentido pela produção naquela época.
Quando vi este vídeo do TED com J.J. Abrams, tive ainda mais certeza de que ele não explicaria nada.
E, ontem, no final da série, depois de seis anos, ele realmente não explicou os mistérios todos. E comprovou minhas teorias: estavam todos mortos, e a ilha era uma espécie de purgatório onde eles deveriam “se redimir” de suas vidas anteriores.
Mas isso não é importante no final da série.
O que me emocionou foi ver a mudança dos personagens, a forma como eles encontraram suas verdadeiras essências e entenderam o valor da amizade, do outro, da colaboração. O que eles viveram juntos foi uma prova de fogo para chegar a isso.
E nós? Temos compreendido os sinais da vida? Temos aproveitado cada momento para fortalecer amizades, valorizar os outros e colaborar para tornar útil a nossa vida? Será que precisaremos passar por um “purgatório” para encontrar nossas verdadeiras essências e entender que nada é real ou virtual, que tudo que importa são nossos sentimentos, nossas ligações uns com os outros, que somos todos uma coisa só?
Claudia, a ilha nao era purgatorio. A historia na ilha aconteceu como foi mostrada. O plano sobrenatural, em que eles estavam mortos, era a realidade paralela. Nao se pergunte qdo a realidade paralela ocorreu; foi em algum Momento em que todos ja rivessem morrido, na ilha ou fora dela, nao importa.
Cláudia,
Eu entendi o último episódio de outra forma. A ilha realmente aconteceu, com todos os seus mistérios e peculiaridades. O lance do purgatório foi só o “flash sideways”, quando todos eles começaram a se encontrar como se sempre tivessem vivido no mesmo lugar e com histórias próximas.
Como o pai do Jack diz, foi uma maneira de eles passarem pelo purgatório juntos, porque a ilha foi o acontecimento mais marcante e mais importante da vida de todos eles, foi quando aconteceu justamente essa evolução e quando cada um encontrou a sua verdadeira essência que vc comentou.
Quanto aos mistérios da ilha, a frase “That’s just how Jacob ran things” deixa claro pra mim que a ilha era muito menos do que se supõe. Na verdade seus mistérios eram provenientes dos seus dois habitantes mais antigos.
Acho que quem se prendeu demais aos mistérios e não às pessoas se decepcionou bastante com o final. Eu adorei pq estava apaixonado pelos personagens. Chorei como se fossem entes queridos. Assistiria tudo de novo sem pestanejar.
Beijos e se achar que tem spoilers demais, nem precisa aprovar o comentário.
Acho que a série realmente finalizou bem a questão das Pessoas. Os relacionamentos, as angústias, decisões erradas, redenção e tudo o mais…
Porém, e posso estar enganada, ententi que a Ilha era real sim, e tudo que eles viveram lá foi real. Assim, na verdade os FlasSideways é que eram uma espécie de limbo. Sim, essa parece ser a percepção da maioria das pessoas.
Nesse sentido, entendo que a parte da Ilha em si ficou sem explicação. Tudo bem, a escolha cabia aos desenvolvedores, e não ao público. Mas eu fiquei um pouco frustada… Esperava que a Ilha (e seus mistérios) fossem parte da trama principal, e que fosse mais bem explorada no fim…
Série espetacular, sem sombra de dúvidas, que cativou milhões durante esses 6 anos. Mas certamente deixou muitos fãs com a pulga atrás da orelha, pois creio que muitos focavam mais nos mistérios. Como eu via 2 lados maravilhosos, uma parte de mim ficou feliz. A outra, bem, essa vai ter que se conformar…
Sem querer, escrevi bem mais do que pretendia, e não comentei o que é essencial no post.
Acho que a mensagem (tão dura de prender, é verdade) é que o importante na VIDA é o percurso que seguimos, as pessoas que amamos, as experiências prazerosas, e não tanto o fim da história (ou os planos malucos que inventamods pra ter um final feliz).
Pois é, como você mesma disse, Ana, não importa o que era o quê. Desde o começo eu me importei com as pessoas, e não com os mistérios. Realmente não me importa se era purgatório ou não, e sim o que eles viveram ali. 🙂
É, pode ser, mas eu realmente não fiquei preocupada com o que era a ilha, e sim com as pessoas e as relações que ocorreram ali.
Parece um pouco com as discussões sobre real e virtual, online e offline, ferramentas de marketing digital e offline etc. Costumo dizer “It’s all about the people! Nothing else matters!”. 🙂
P.S.: Também chorei, claro.
Exatamente, Patricia, o que importa são as pessoas, os sentimentos. Isso é REAL! O resto é complemento. 🙂
Lost? Tô perdido.
Mas, lendo esta conversa, fiquei até curioso.
Vou assistir a reprise.
Em seis anos, comentarei.
🙂
Concordo com você Claudinha que quem focou apenas nos mistérios se frustrou com o final de Lost. Esquecer de como cada personagem evoluiu é um pecado digno de um purgatório perdido eterno!
O capítulo final foi recheado de carga dramática e tensão! Acompanhar cada “despertar” dos personagens foi uma sensação única de perceber o quanto cada um viveu intensamente desde que caiu na Ilha perdida.
Lost marcou as vidas de seus habitantes tanto quanto em cada um de nós. Sentiremos falta do “son of a bitch” do Sawyer; da força da Kate; do amor de Sun e Jim, e de Desmond e Penny; da bondade de Hugo; e principalmente da fé de Locke e Jack, graças à eles a Season Finale foi linda, emocionante e ao mesmo tempo triste.
Flash Sideways, Forward, passado, presente… tanto faz! Sentirei falta dessa série!
Vou aguardar seus comentários daqui a seis anos. ;)))
Não é, Cris? Tanta coisa importante nesse final!!!
Também sentirei falta da série e, principalmente, dos personagens.