Na primeira temporada de LOST, quando todo mundo começou a pirar nos mistérios criados pela série, eu disse: “Não quero saber dos mistérios. Quero saber das pessoas”. Também disse que estavam todos mortos, numa espécie de “purgatório” ou “limbo”, mas isso foi desmentido pela produção naquela época.

Quando vi este vídeo do TED com J.J. Abrams, tive ainda mais certeza de que ele não explicaria nada.

E, ontem, no final da série, depois de seis anos, ele realmente não explicou os mistérios todos. E comprovou minhas teorias: estavam todos mortos, e a ilha era uma espécie de purgatório onde eles deveriam “se redimir” de suas vidas anteriores.

Mas isso não é importante no final da série.

O que me emocionou foi ver a mudança dos personagens, a forma como eles encontraram suas verdadeiras essências e entenderam o valor da amizade, do outro, da colaboração. O que eles viveram juntos foi uma prova de fogo para chegar a isso.

E nós? Temos compreendido os sinais da vida? Temos aproveitado cada momento para fortalecer amizades, valorizar os outros e colaborar para tornar útil a nossa vida? Será que precisaremos passar por um “purgatório” para encontrar nossas verdadeiras essências e entender que nada é real ou virtual, que tudo que importa são nossos sentimentos, nossas ligações uns com os outros, que somos todos uma coisa só?