Uma amiga com quem trabalhei na Esso está morando em Londres há algum tempo e periodicamente envia mensagens com as novidades de lá. Outro dia me enviou um e-mail contando que em Londres existe algo no metrô chamado “vagão do silêncio”. Não são todos os vagões, só alguns. O anúncio vem pelo alto-falante e os passageiros dali não podem usar celular, walkman ou coisa parecida e preferencialmente devem ficar sem falar.

Fiquei imaginando isso no Brasil.

Eu sentada no metrô, com uma figura engravatada gritando no celular ao meu lado, um grupo de adolescentes “conversando” aos gritos, um boy com um walkman – ou um almofadinha com um iPod – a todo volume, escapando pelos fones de ouvido.

De repente, o alto-falante anuncia: “Prezados passageiros, este é um vagão do silêncio; por favor, calem a boca”.

Você consegue imaginar a cena da reação das pessoas? Todos gritando ainda mais, esbravejando palavrões, revoltados por serem obrigados a ficar em silêncio. Uma revolução total!

Para falar a verdade, eu adoraria entrar em um vagão do “quase-silêncio”, pois silêncio total é um pouco demais para mim…