cultura

Archived Posts from this Category

"…Ismos"

Posted by on 02 Mar 2006 | Tagged as: amigos, crenças, poesia

Estou numa correria LOUCA, mas quero deixar de presente para vocês uma poesia de um de meus ídolos – Pierre Weil – em complemento ao post que fiz outro dia, falando um pouco sobre religião.

Além disso, quero agradecer pelos comentários deliciosos da Carolzinha (Grether), da Christiana Nóvoa (nóvoa amiga 🙂 ) e do Cláudio Costa (quase-xará completo, pois meu nome de solteira era Cláudia Coelho da Costa e Mello). Vocês são o máximo! Vou comentar os comentários depois, com toda a calma e carinho que vocês merecem. É muito bom saber que existem pessoas como vocês. Tenho outras coisas para comentar, mas o tempo está me engolindo!

Então, a poesia… (hahahaha – Já ia me esquecendo porque me empolguei falando das pessoas.)

“…Ismos”

Uma coisa foi Cristo,
Outra é o cristianismo.
Uma coisa foi Marx,
Outra é o marxismo.
Uma coisa foi Buda,
Outra é o budismo.
Uma coisa foi Maomé,
Outra é o islamismo.
Uma coisa foi Moisés,
Outra é o judaísmo.
O amor une,
Os ismos dividem…
E causam as guerras.

É mais ou menos assim que eu penso. E é mais ou menos por isso que não sigo nenhuma religião, apesar de acreditar em vários dogmas de várias delas.

Comentários pós-show dos Rolling Stones

Posted by on 19 Feb 2006 | Tagged as: música

Depois do show na TV, cheguei a algumas conclusões (não me matem, por favor!):

1. Keith Richards era o componente da banda que eu mais admirava (não me perguntem por quê). Hoje, depois de ele dizer “Hello Brazil. It’s good to be back. It’s good to be anywhere”, o homem simplesmente despencou no meu conceito. Que falta de diplomacia. Coisa feia! Ai ai ai. Passei a simpatizar com o Ron Wood. Também não me perguntem por quê. Achei o jeito dele simpático. Só isso. Mick Jagger nunca esteve na minha lista de simpatia nem de carisma (que venham as pedras!).

2. A música “Start me up” foi usada no lançamento do Windows 95. O começo da música não é verdadeiro no que diz respeito ao sistema operacional que dá bugs o tempo todo: “If you start me up I’ll never stop”. Mentira! Pára sim! E nas piores horas! Mas… A parte que diz “You make a grown man cry” é mais do que verdadeira! Quanta gente eu já vi chorando porque perdeu isso ou aquilo por causa do Windows. Ontem mesmo, na lista de tradutores, uma pessoa estava dizendo que perdeu 100 páginas de trabalho porque o Word caiu e ela não conseguia copiar o trabalho para outro arquivo, nem em outro programa. Tadinha… Confiou no “I’ll never stop”…

3. Fiquei muito admirada com a energia dos sessentões!!!! Caraca! Como eles conseguem? Tudo bem, eles são magrinhos (o Keith é quase esquelético), mas que energia, minha gente!

4. Os caras são bons; na verdade, muito bons (se não fossem, não tinham 40 anos de carreira), mas (é agora que vão me matar de verdade) eu simplesmente não gosto deles.

Conclusão final:
Rolling Stones sucks!
The Beatles rules!

E não é porque os Beatles eram “bons moços” (em tese e só no início) e os Rolling Stones são “bad boys”. É só questão de gosto mesmo. 😉

Mas, como os Beatles nos deixaram prematuramente, QUE VENHA BONO VOX COM SEU MARAVILHOSO, ESPLÊNDIDO E EXTRAORDINÁRIO U2!!!!!!!! Já sei que na terça estarei sem voz…

Rolling Stones no Brasil – EU FUI!

Posted by on 18 Feb 2006 | Tagged as: música, shows

E voltei! hahahaha

Foi uma verdadeira aventura. Saímos (eu e meu gatinho) de casa por volta de 18 horas. Caminhamos até a praia (moramos no posto 6 de Copacabana) e fomos em direção ao palco (mais ou menos 1,5 km de distância). Seguimos todas as recomendações: roupa leve, garrafa de água na mão, pouco dinheiro no bolso (só para emergências), identidade num bolso e celular no outro (também para o caso de emergências).

O caminho até o palco estava ótimo. Muita gente andando na mesma direção – o que era de se esperar. Mas o divertido mesmo foram as figuras que encontramos no caminho. Vou numerar para tentar não esquecer de nada:

1. Um vendedor de bebidas (homem) vestido de mulher roqueira: minissaia preta, top preto (com peitões de laranja ou coisa parecida), bandana preta, óculos escuros e salto alto.

2. Um cachorro beagle no meio da rua Figueiredo Magalhães com Nossa Senhora de Copacabana (uma das esquinas mais barulhentas do mundo, de acordo com uma medição há alguns anos) com o dono, paquerando uma labrador pretinha bem jovem. Quando a cachorra saiu de perto, ele – mais do que depressa – agarrou a perna do dono e mandou ver! Quando o dono deu uma bronca, ele arrastou o homem na direção da cachorra. Uma cena!

3. Uma mulher com um vestido verde limão e tranças que iam até a cintura.

4. Um gótico com o rosto pintado e tudo, dizendo, com a voz mais calma do mundo: “Putz… Vai sair porrada aqui… Não vai ser legal… Que saco isso…” ESSE é o verdadeiro espírito do rock’n’roll: paz e amor total!

5. Mulheres bonitas e jovens com minissaias. As pessoas não têm noção, não pensam ou não estão nem aí se acontecer alguma coisa? Sinceramente, quem vai para um show como o de hoje de minissaia, está pedindo!!! (Só não sei o quê!)

6. Um vendedor ambulante: “PROMOÇÃO! PROMOÇÃO! Compre uma skol ou uma coca e assista ao show de graça!” (Esses caras sabem vender!)

7. Religiosos com faixas (até legais, nada agressivo nem contra o show – algo do tipo “não agrida a mulher” ou coisa parecida).

8. Váaaaaaaarios velhinhos com seus 60, 70 anos de idade, todos animadinhos para o show.

9. Um rapaz quase em coma alcoólico (ou coisa pior), sendo carregado por amigos bêbados, sem saber o que faziam com ele. Mandamos levá-lo ao posto médico para tomar glicose. Os amigos disseram que iam levar. Espero que tenham levado mesmo, pois ele estava muito mal. Esse povo não sabe beber… Acaba que o mocinho não vai conseguir ver o show. Bobão!

10. Um vendedor com cabelo de tule enrolado em tubos na cor – LARANJA! Nem chamava a atenção… Pouco não! 🙂

Enfim, tinha de tudo! 🙂

Chegando ao palco, ficamos impressionados: estava tranqüilo até ali, nenhuma muvuca, nenhuma confusão… Uma facilidade de acesso… Tudo ótimo. Quando demos dois passos DEPOIS do palco (chegando à parte da frente), simplesmente não conseguimos mais andar… Um empurra-empurra danado, gente desesperada, um cara (idiota, para dizer o mínimo) começa a gritar “Vou dar tiro, porra! Não mandei vir pra cá! Tá reclamando? Vou dar tiro”.

Foi aí que fiquei nervosa, pois comecei a imaginar que, se alguém resolvesse mesmo dar tiro (o idiota estava só ameaçando – quem dá tiro não avisa…), a gente não ia conseguir sair dali. Virei pro gatinho e falei “Vamos voltar?”. Voltamos imediatamente.

Levamos VINTE minutos para atravessar MEIO quarteirão até a rua do Copacabana Palace para poder voltar por um lugar menos atolado de gente.

Nesse caminho, vimos um grupo de policiais (havia MUITOS policiais espalhados – MUITOS!!!) “carregando” uns rapazes. Deu medinho…

Então, quando estávamos quase na rua do Copacabana Palace, chegamos em um oásis. Sentimos uma paz incrível! Olhamos para os lados e vimos um grupo de motoqueiros com cara de Hell’s Angels. Eram os “Abutres”! Uns caras enormes e fortes, todos tatuados, com casaco de couro e o escambau! Alguns até com os filhos. Parecia que estavam na sala de estar da casa deles: tranqüilos, batendo papinho. Um barato!!!! Ficamos com vontade de parar ali para assistir ao show (acho que seria bastante seguro), mas acabamos desistindo e voltando para casa.

Na Nossa Senhora de Copacabana, havia um caos de pessoas, ônibus e carros (principalmente táxis). Parecia uma manada de gente. Até porque estávamos perto de uma das ruas mais próximas do metrô, então as pessoas passavam por ali vindo da estação. (Uma curiosidade: os bilhetes de metrô foram vendidos como no reveillón: com hora marcada.)

O pior de tudo foi a gente ter lembrado que a tia do Roney mora DE FRENTE para o palco do show. DE FRENTE!!!!!! Não é na Atlântica, de lado, não: DE FRENTE!!!! Ficamos morrendo de raiva quando nos lembramos, pois ela está na Europa. Podíamos ter juntado um grupo de amigos e feito uma festinha na casa dela. (Podíamos até ter faturado uma graninha. hehehe)

Enfim, tirando a nossa estupidez e o início de síndrome do pânico que me deu no meio da muvuca, foi uma aventura e tanto! Se a gente não tivesse ido, não teria noção da grandiosidade do espetáculo. Só me deu pena mesmo foi de não ter levado a máquina fotográfica.

Agora vou estourar uma pipoquinha e assistir ao show con-for-ta-vel-men-te escarrapachada no sofá.

Ano novo chinês em SP

Posted by on 28 Jan 2006 | Tagged as: cultura

Para quem não sabe, o ano-novo chinês é lunar, então a data não é rígida nem estabelecida pelos homens. A festa de comemoração é linda e tem até dança do dragão.

Como a China está em alta, os paulistas resolveram fazer a comemoração do ano-novo chinês no bairro da Liberdade. Quem quiser dar uma olhada na programação (tem hoje e amanhã), vá até http://www.anonovochines.com.br/ e veja como a cultura tem coisas interessantes.

Eles distribuem pequenos envelopes vermelhos com dinheiro dentro, para dar sorte às crianças e aos solteiros. 🙂

Quem for, por favor, não vista preto; dê preferência ao vermelho e ao dourado. E se receber o envelope, não abra na frente de quem deu, pois é falta de educação.

Se tiver festa no ano que vem, certamente estarei lá. Se eu tivesse sido avisada com antecedência, estaria em São Paulo, na casa da minha amiguinha Renata ou da minha amiguinha Paulinha, que sempre me hospedam com o maior carinho, e ia curtir essa festa linda.

Fica para o próximo ano.

Globo de Ouro 2006

Posted by on 18 Jan 2006 | Tagged as: cinema

Demorei um pouco para escrever sobre o Globo de Ouro porque, com esse negócio de Bienal do Livro de SP, os prazos dos livros estão me enlouquecendo! 🙂

O grande premiado foi o filme “Brokeback Mountain”, do qual já ouvi falar muito, mas como ainda não vi, não posso dar minha opinião.

Várias coisas me deixaram feliz:

1. Philip Seymour Hoffman ter ganho o prêmio de melhor ator em drama pelo filme “Capote”. Philip é um ser que eu simplesmente adoro! Já aconteceu de eu decidir ver um filme única e simplesmente porque ele estava no elenco. Acho que ele é um excelente ator, além de ser lindo (tenho um gosto duvidoso para homens, já sei). (O melhor foi ele ter ganho do Russell Crowe, que é um nojentinho.)

2. Anthony Hopkins ter recebido o prêmio Cecil B. Demille, um prêmio especial. Ele realmente merece. Foi uma delícia vê-lo em tantos papéis interessantes, mesmo que em pequenos trechos.

3. Hugh Laurie ter ganho o prêmio de melhor ator em séries dramáticas pelo seriado “House”. Eu adoro esse seriado! O House é um médico muito sarcástico, mau-humorado e extremamente inteligente. Os métodos de diagnóstico dele são incríveis. Mas, segundo ele, todo paciente é burro. (Só para vocês terem idéia de como ele é.)

4. Não assisto “Grey’s Anatomy”, mas achei muito fofa a reação da atriz Sandra Oh quando recebeu o prêmio de melhor atriz coadjuvante de seriados. Ela não sabia o que dizer, pulava, dava gritinhos, pedia desculpa porque sabia que ia esquecer de agradecer a alguém. Foi muito fofo!

5. Mas o melhor dos melhores foi a cara de idiota do Chris Rock depois de ter dito uma tremenda merda. Foi assim: ele apresentou o prêmio de melhor atriz em seriados de comédia ou musical. Quatro das indicadas eram do seriado “Desperate Housewives”. A outra era a excelente Mary-Louise Parker. Daí ele começa: “Bom, vocês sabem que quatro das indicadas são de Desperate Housewives e uma é de Weeds, não é? Então, de quem vocês imaginam que será o prêmio? Até porque Desperate Housewives é assistido por todas as pessoas do mundo, e só um grupinho de pessoas assistem Weeds, inclusive o cachorro de Fulano (não entendi o nome de quem ele falou na hora, pois a TV estava com volume baixo). Já viu, né? Sinto muito, Mary-Louise, mas não vai dar desta vez.” E abriu o envelope. Eu quase dei um grito quando ele anunciou que a vencedora era a Mary-Louise. (Não que eu tenha nada contra as Desperate Housewives – elas são ótimas -, mas pelo desaforo do Chris Rock.) Acho que a Mary-Louise deve ter tido vontade de esganar o Chris Rock… Ela olhou para ele com um olhar fulminante! E falou: “Obrigada pelas suas palavras”. Foi muito bom! (Sim, eu detesto o Chris Rock e seu humor idiotizante.)

Fui dormir tarde pra caramba, mas valeu ter visto a premiação.

Saudade

Posted by on 12 Jan 2006 | Tagged as: amigos, teatro

Ando com saudade de escrever no blog, mas estou atoladinha de trabalho. Além disso, uma das minhas resoluções de ano-novo foi sair mais para encontrar os amigos e me divertir, então saí na terça para ver “Tipos”, nova peça do Oswaldo Montenegro, e hoje para almoçar com meu pai (que eu não via desde maio do ano passado – que absurdo!).

Foi ótimo ter ido à peça. Por três motivos principais, além de o espetáculo ter sido muito bom: 1. encontrei amigos muuuuuuuuuuuito queridos e muuuuuuuuuuuuito amados (tanto que eu e Roney não conseguimos deixar de sentar para bater um papo com eles no Garota da Gávea); 2. sempre saio leve das peças do Oswaldo; 3. ouvi uma frase que me tocou muito: “Quem não ouve a melodia acha que quem dança é maluco” (ou algo parecido).

Acho que é por isso que me consideram maluca: eu ouço a melodia do universo e danço de acordo com ela. 🙂

(Depois eu volto para contar da hidroginástica. Que maravilha!!!)

Bossa nova

Posted by on 06 Jan 2006 | Tagged as: cinema, música, sonhos

A melhor parte de ter assistido ao filme “Coisa mais linda” anteontem à noite foi o sonho que eu tive depois.

Sonhei que eu fazia parte daquele grupo fantástico de compositores e cantores. Eu era uma cantora iniciante. Foi um daqueles sonhos em que temos a sensação de que é tudo real, que nada parece sonho.

Que delícia!

Coisa mais linda

Posted by on 05 Jan 2006 | Tagged as: cinema, música

Acabei de ver o filme. Tive a impressão de que já tinha visto aquilo tudo num especial que a DirecTV exibiu ao longo do ano passado. Não sei se fizeram uma edição dos programas (eram vários programas sobre a bossa nova, como são vários programas sobre Chico Buarque, que estão sendo lançados em dvd aos poucos) ou se era apenas parecido. (Alguém aí pode confirmar isso?)

Enfim, gostei do filme, porque gosto de bossa nova e ADORO ouvir as histórias daquela época, mas não achei sensacional, lindo e maravilhoso como várias pessoas me disseram.

E confirmei uma coisa: eu realmente detesto João Gilberto (na verdade, a família toda: Astrud e Bebel também). Podem dizer que ele é o criador da bossa nova, que ele isso ou aquilo, mas continuo achando ele um chato de galocha (principalmente como cantor)!!!

Espírito de Natal

Posted by on 28 Dec 2005 | Tagged as: cinema

Descobri o que estava faltando para eu entrar no espírito de Natal: assistir “As crônicas de Nárnia”.

Que delícia de filme! Uma lição sobre coragem, companheirismo, amor e lealdade incomensuráveis.

Quem ainda não viu, veja. Vale a pena! Sua criança interior certamente vai agradecer. 🙂

25 anos sem John Lennon

Posted by on 09 Dec 2005 | Tagged as: música, memórias, sonhos

Hmmm… Acho que nem todo mundo que lê este blog sabe disso, mas eu fui uma beatlemaníaca fora de hora. Sim, porque nasci em 1965 (pronto, agora todo mundo sabe minha idade – como se eu escondesse…). Nessa época, os Beatles já estavam no auge. E eu de fraldas…

Enfim… Quando eles se separaram, eu ainda era menina, mas senti a separação. Para vocês terem uma idéia, eu adorava tanto as músicas deles que estudava com um headfone tocando Beatles no volume máximo. hehehe Minha mãe ficava louca, coitada. E me achava louca de conseguir estudar matemática cantando.

Hoje, infelizmente, essa habilidade não existe mais. Quando trabalho, não consigo ouvir música porque ela me atrai de tal maneira que só consigo pensar nela e não consigo entender o que estou lendo para poder “consertar”. 🙂

Resumindo, quando John Lennon morreu foi um choque muito grande para mim. Na verdade, acho que só chorei a morte de dois ídolos: John Lennon e Renato Russo.

Já se passaram 25 anos. Hoje, a morte de John não me entristece com tanta intensidade. O que ficou mesmo foram as lindas melodias e letras que ele deixou. Acho que meu trecho preferido de todas as músicas do mundo, até porque eu SOU assim, é:

“You may say I’m a dreamer but I’m not the only one.
I hope someday you’ll join us and the world will be as one.”

Continuo sonhando com um mundo como o da música “Imagine”. Continuo sonhando. Ponto.

Espero morrer assim. E espero que Lennon não tenha morrido em vão.

Obrigada, John, por manter vivo em mim o sonho de uma vida melhor. Para todos.

« Previous PageNext Page »